quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Capitães da Areia

Um grande filme nos cinemas brasileiros: Capitães da Areia, baseado no romance de autoria do escritor brasileiro Jorge Amado, publicado em 1937. O livro retrata a vida de um grupo de menores abandonados, chamados de "Capitães da Areia", ambientado na cidade de Salvador, dos anos 30.

Jorge Amado - Biografia

Jorge Leal Amado de Faria (Itabuna BA 1912 - Salvador BA 2001). Escritor. Na infância, vive com a família em Ilhéus, cidade que retrata em alguns de seus romances. Em 1930, muda-se para o Rio de Janeiro, para estudar na Faculdade de Direito, e ali trabalha como jornalista e escreve o seu primeiro romance, O País do Carnaval (1931), publicado quando tem 19 anos. Em Cacau (1933), mostra a realidade social da população do interior baiano que trabalha no cultivo do cacau. O romance é censurado e tem exemplares apreendidos. Nos anos seguintes, Amado publica romances de temática urbana: Suor (1934), Jubiabá (1935), Mar Morto (1936) e Capitães de Areia (1937), que adotam um modelo narrativo e ideológico próximo ao do realismo socialista. Entre 1936 e 1937, o autor sofre duas prisões por motivos políticos e novamente tem os seus livros apreendidos. Em 1941, exila-se na Argentina, para escapar à perseguição do Estado Novo, e começa a redigir a biografia do líder comunista Luís Carlos Prestes, O Cavaleiro da Esperança (1942). Em 1945, é eleito deputado federal pelo Partido Comunista do Brasil (PCB) e participa da Assembleia Constituinte, mas o seu mandato é cassado, três anos depois, quando o PCB é colocado na ilegalidade. Entre 1948 e 1956 viaja por diversos países, como França, Tchecoslováquia (atual República Tcheca) e União Soviética (atual Rússia), experiência que relata no livro O Mundo da Paz (1951). Retorna ao Brasil em 1956, e publica, em 1958, o seu romance mais popular, Gabriela, Cravo e Canela. É eleito para a Academia Brasileira de Letras, em 1961. Volta a residir na Bahia em 1963. Jorge Amado recebe numerosos prêmios literários, entre eles destaca-se o Prêmio Camões (1995), pelo conjunto da obra. Em sua última viagem a Paris, em 1998, recebe o título de doutor honoris causa pela Universidade de Sorbonne.

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