segunda-feira, 20 de julho de 2009

Amazon apaga livro 1984 de todos os Kindles sem pedir permissão

Tal qual o Grande Irmão, empresa retira conteúdo sem avisar proprietários do leitor de e-books



A Amazon começou um processo para apagar todas as cópias do livro 1984, de George Orwell, de todos os Kindles conectados à web nos EUA . A alteração foi feita sem a autorização dos usuários, o que causou indignação e protestos. A empresa foi comparada pelo jornal The New York Times ao Grande Irmão, personagem autoritário e onisciente do livro.

Em uma nota oficial reproduzida pelo site Pocket-lint , a empresa afirmou que a obra foi publicada por engano pela companhia Mobile Reference, junto com outro livro chamado Animal Farm (em português, A Revolução dos Bichos). A nota também avisa que os livros constam como não disponíveis na loja e os usuários que efetuaram a compra serão reembolsados.

Os representantes do site afirmaram que os livros continuarão sendo apagados, mas que a remoção do conteúdo sem aviso não deve mais acontecer no futuro. Segundo o jornal The New York Times , o problema todo deveu-se ao fato de que a editora online MobileReference, que vendeu os livros, não tinha direito sobre eles. 1984 ainda está disponível para o Kindle em outra editora, a Houghton Mifflin Harcourt, mas apenas para os Estados Unidos. Não há, entretanto, oferta para o outro livro de Orwell, Animal Farm.

David Pogue, em sua coluna no The New York Times , critica a Amazon: “isso é uma pouca-vergonha por um sem-número de motivos. A Amazon diz que esse tipo de coisa é ‘rara’, mas o fato de ter a possibilidade de acontecer é desconcertante. Fomos ensinados a acreditar que um e-book é igual a um livro normal, só que melhor. Ledo engano: já havíamos percebido que eles não são livros de verdade, já que depois de ler não podemos presenteá-lo a ninguém ou vendê-lo. Agora, percebemos que não somos nem donos do livro após comprá-lo”.

Pogue continua: “Um dos meus leitores fez uma comparação interessante: é como se a Barnes & Noble invadisse a minha casa no meio da noite, pegasse o livro que estivéssemos lendo nas noites de insônia e deixasse um cheque no lugar”.

O site Make apresentou uma solução interessante para o caso. A página diz que na Austrália, direitos sobre obras de autores que morreram antes de 1955 já expiraram e são de domínio público no país.

Por Fábio Resende

http://br.noticias.yahoo.com/s/20072009/7/tecnologia-negocios-amazon-apaga-livro-1984.html


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Um comentário:

k.a.Z.a. d.a. Z.o.r.r.a. disse...

Luiz,

Encontrei um lote de cédulas antigas que pertenceram ao meu avô. Algumas em perfeito estado de conservação e outras, que de tão usadas, recriam um Brasil gasto e surrado. A numismática garante um excelente preço de mercado. Como sei do seu interesse como intelectual e educador, gostaria de falar contigo primeiro. Um abraço, DeniZe 8129.4405