quarta-feira, 29 de abril de 2009

O velho e o mar


O Velho e o Mar foi um dos últimos livros do escritor americano Ernest Hemingway. Alguns o consideram sua obra-prima, pois, lhe rendeu o prêmio Pullitzer e foi decisivo para que o autor ganhasse o Prêmio Nobel. Com uma narrativa simples, Hemingway conta a história de Santiago, um cubano que se sentiu desafiado a voltar a pescar aos 84 anos de idade. Como passara a vida no mar, o velho queria provar seu vigor aos mais jovens.

E, como era conhecedor dos segredos do ofício, Santiago lançou-se numa empreitada audaciosa: fisgar o maior peixe de sua vida. Não foi fácil. Depois de amargar dias sem comer, quase cego pelo sol, finalmente pegou um peixe de mais de cinco metros. A batalha foi renhida, mas o velho perseverou e venceu. Amarrou o peixe morto ao lado do barco e iniciou seu retorno. A volta, porém, foi decepcionante. Tubarões atacaram e comeram o seu troféu - no caso, o peixe. Quando Santiago finalmente chegou à praia, só tinha um esqueleto para mostrar aos jovens. Seu projeto de vida havia se reduzido a nada.

O AUTOR

Ernest Miller Hemingway (1899-18610 foi um escritor norte-americano. Trabalhou como correspondente de guerra em Madri durante a Guerra Civil Espanhola e a experiência inspirou uma de suas maiores obras, Por Quem os Sinos Dobram. Ao fim da Segunda Guerra Mundial se instalou em Cuba.

Hemingway era parte da comunidade de escritores expatriados em Paris, conhecida como "geração perdida", nome inventado e popularizado por Gertrude Stein. Levando uma vida turbulenta, Hemingway casou quatro vezes, além de vários relacionamentos românticos. Em 1952 publica "O Velho e o Mar", com o qual ganhou o prêmio Pulitzer (1953), considerada a sua obra-prima. Hemingway recebeu o prêmio Nobel de Literatura em 1954.

A vida e a obra de Hemingway tem intensa relação com a Espanha, país onde viveu por quatro anos. Uma breve passagem, mas marcante para um escritor americano que estabeleceu uma relação emotiva e ideológica com os espanhóis. Em Pamplona, meados do século XX, fascinado pelas touradas, a ponto de tornar-se um toureiro amador, transporta essa experiência para dois livros: O Sol Também Se Levanta (1926) e Por Quem os Sinos Dobram (1940). Ao cobrir a Guerra Civil (1937) – como jornalista do North American Newspaper Alliance, não hesitou em se aliar às forças republicanas contra o facismo.

Ainda muito jovem, decidiu ir à Europa pela primeira vez, quando a Grande Guerra assombrava o mundo (1918). Hemingway havia terminado o segundo grau em Oak Park e trabalhado como jornalista no Kansas City Star. Tentou alistar-se, mas foi preterido por ter um problema na visão. Decidido a ir à guerra, conseguiu uma vaga de motorista de ambulância na Cruz Vermelha. Na Itália, apaixonou-se pela enfermeira Agnes Von Kurowsky, sua inspiração na criação da heroína de Adeus às Armas (1929) – a inglesa Catherine Barkley. Atingido por uma bomba, retornou para Oak Park que, depois do que viu na Itália, tornou-se monótona demais.

Suicídio

Ao longo da vida do escritor, o tema suicídio aparece em escritos, cartas e conversas com muita freqüência. Seu pai suicidou-se em 1929 por problemas de saúde (diabetes) e financeiro (havia perdido muito dinheiro em especulações na Flórida). Sua mãe, Grace, dona de casa e professora de canto e ópera, o atormentava com a sua personalidade dominadora. Ela enviou-lhe pelo correio a pistola com a qual o seu pai havia se matado. O escritor, atônito, não sabia se sua mãe estava querendo que ele repetisse o ato do pai ou que guardasse a arma como lembrança.

Aos 61 anos e muito doente (hipertensão, diabetes, arteriosclerose, depressão e perda de memória) Hemingway acabou com a própria vida, assim como fizera seu pai. Todas as personagens deste escritor se defrontaram com o problema da "evidência trágica" do fim. Hemingway não pôde aceitá-la. A vida inteira jogou com a morte, até que, na manhã de 2 de julho de 19561, em Ketchum (Idaho), tomou do fuzil de caça e disparou contra si mesmo.

Fonte: http://pt.wikipedia.org/wiki/Hemingway

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Um comentário:

Renato Rocha disse...

Luiz,

Ainda lembro-me do Natal em que você me presentou com esse livro. Hoje eu o considero como o livro com o qual iniciou a minha vida literária "adulta", pois até então eu pensava que só consegueria entender os livros infanto-juvenis, aqueles escritos para as crianças e adolescente. A coleção para gostar de ler, pedro bandeira, o tapa, a ilha perdida, éramos seis, e etc.

Depois que terminei de ler o fantástico livro do Hemingway, e ficar encantado com a incrivel batalha do pescador com aquele imenso e forte peixe, dei-me conta que também conseguia ler o livro dos adultos. A partir de então um universo imenso abriu-se para mim e começou a ocupar a lentamente minha estante.

:-)