terça-feira, 16 de dezembro de 2008

Saramago diz que crise é um "crime financeiro contra a humanidade"

MADRI (AFP) — O escritor português José Saramago, prêmio Nobel de Literatura 1998, considerou nesta terça-feira que a crise econômica internacional representa "um crime financeiro contra a humanidade", durante a apresentação em Madri de seu último livro, "A Viagem do Elefante".

As destruições de empregos provocadas pela crise representam "um crime financeiro contra a humanidade, que deveria ser julgada", declarou durante entrevista à imprensa em Madri o escritor, de 86 anos. "Conhece-se os responsáveis", acrescentou Saramago, que se definiu como um "comunista hormonal". José de Sousa Saramago já publicou mais de 30 obras, entre romances, mas também poesia, ensaios e peças de teatro. Além do Nobel, também recebeu o Prêmio Camões, o mais importante da língua portuguesa.

Nasceu na província do Ribatejo, no dia 16 de novembro, embora o registro oficial apresente o dia 18 como o do nascimento. O escritor, conhecido pelo ateísmo e iberismo, é membro do Partido Comunista Português e foi diretor do Diário de Notícias. Juntamente com Luiz Francisco Rebello, Armindo Magalhães, Manuel da Fonseca e Urbano Tavares Rodrigues foi, em 1992, um dos fundadores da Frente Nacional para a Defesa da Cultura (FNDC). Casado com a espanhola Pilar del Río, Saramago vive atualmente em Lanzarote, nas Ilhas Canárias.

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